Fraternidade Missionária da Assistência


Formação

Período:15 a 31 Julho de 2024

Tema: O grande encontro de Jesus e Paulo  

Palavra de Deus: Atos 9, 1-18


Jesus vai ao encontro de todos

Todo Siloé, sempre é um grande encontro de evangelização, assim como também toda Meditação Orante da Palavra de Deus, seja na vivência pessoal ou em comunidade junto ao grupo de evangelização, todos esses momentos temos a oportunidade de mergulhar na maravilhosa Graça de Deus e partilhar a nossa vida com Jesus que vem ao nosso encontro, Ele não mede esforços para estar conosco. 

Sem dificuldade, lembrando a Sagrada Escritura, podemos citar diversos encontros de Jesus, cada um mais bonito que outro e observamos que é sempre Jesus dando o primeiro passo para nos encontrar, foi assim com a mulher samaritana, Maria Madalena, Nicodemos, Simão Pedro, Mateus e ter lembrado alguns dos seus discípulos, vamos também lembrando da Escola de Jesus, na formação do seu Discipulado, todos os que Ele chamou para segui-lo foram impactados com o chamado, Jesus foi ao encontro de cada um, formando seus primeiros doze discípulos, continuando a lembrança dos encontros, não podemos esquecer de Zaqueu, Jesus leva a Salvação para a casa de Zaqueu que tem reação imediata de mudança de vida, podemos citar também os dois discípulos de Emaús, tiveram tempo com Jesus e foram agraciados com uma longa pregação e como fortalecimento para a nossa vocação DJC, devemos muito bem sempre lembrar do grande encontro de Jesus com Saulo de Tarso, esse acontecimento deve está enraizado para nós, em riqueza de detalhes e sobre esse grande encontro iremos nos aprofundar mais adiante, mas antes não devemos esquecer de inserir nessas lembranças vários outros encontros dos dias de hoje que acontecem em nossa volta, muito bem pode ser incluído o meu e o seu encontro com Jesus, a nossa história vai se encaixando perfeitamente na nossa alegria de viver no Segmento de Jesus e os passos que damos ao Seu lado, juntos com nossos irmãos e irmãs, agradecemos a Ele por sermos participantes da sua graça a qual fomos chamados a ser Discípulos Missionários. 


Jesus é a luz do mundo que ilumina e conduz a nossa vida

Testemunhamos que  vários séculos se passaram desde quando Jesus veio como luz do mundo, continua com o mesmo brilho, sem nada mudar, o mesmo convite para todos, sem nenhuma distinção e quem o aceita faz uma experiência altamente transformadora na vida, os benefícios são vivos e eficazes, no qual podemos dizer com autoridade que temos vida e em abundância, não nos falta nada. Tudo que é velho, que nos acorrenta, aprisiona, ficam para trás e encontramos o sentido para nossa vida, não conseguimos sair por aí declarando que somos realizados na vida se não tivemos o encontro realizador com Jesus, sem esse encontro sempre vai faltar algo na nossa vida e nem podemos mostrar a plenitude para aqueles que estão próximos a nós a qual desejamos que também  possa enxergar a luz que vem do encontro com Nosso Senhor Jesus Cristo.

Dom Vital Corbellini é Bispo de Marabá (PA), no seu artigo formativo para a CNBB, escreve citando o Evangelho:
(Jo 12, 46) Eu vim ao mundo como luz, para que todo aquele que acredita em mim não fique nas trevas.  

Cristo afirma que veio ao mundo como luz. Mas esta luz deve ser aceita nos corações das pessoas e dos povos. Jesus é a luz do mundo, única capaz de conduzir à nossa vida.


Jesus vai ao encontro de Saulo para retirar as escamas dos seus olhos

E diante dessa luz de Cristo, vamos continuando a nossa meditação formativa, agora focando e já nos aprofundando do grande encontro de Jesus com Saulo, que mais tarde adota o nome Paulo (derivado do latim Paulus, cujo significado é pequeno e quis Saulo, após sua conversão ser chamado Paulo), recebeu a luz de Jesus de forma muito especial a caminho de Damasco, essa luz surge do céu para curar a cegueira espiritual de Saulo que literalmente cai do cavalo recebendo a luz nos seus olhos e ouvindo do próprio Jesus que foi ao seu encontro e fala com ele, levantando da sua queda e já dando o direcionamento da sua vida para que a cura espiritual de Paulo seja completa, mostra o que fazer para cair todas as escamas dos seus olhos,  curar fisicamente os seus olhos da cegueira,  e porque não dizer a entrada de Paulo no Discipulado de Jesus Cristo.


Paulo entra no Apostolado

Para receber a graça da cura física e espiritual,  Paulo foi apresentado a Ananias, um homem simples, de muita oração, vai ao seu encontro, com as orientações recebidas de  Jesus,  fazer a imposição das mãos e realiza em Paulo o Batismo no Espirito Santo, logo após ser Reavivado no Espírito Santo, as escamas dos seus olhos caem por terra e passa a ter a visão de um homem novo, nesse momento, batizado no Espirito Santo, morre o homem velho e nasce o homem novo para viver em cristo e dá toda a sua vida a Cristo, nasce o grande evangelizador Paulo,  apaixonado  Apostolo de Cristo, que a partir daquele momento até o fim da sua vida, passa a viver no segmento de Jesus.
  
Acompanhar a conversão de Paulo, como qualquer outra conversão, não é só Aleluia, Gloria a Deus, estou convertido, Sou de Cristo, é preciso dá testemunho de conversão. O recém-convertido Paulo dá início aos testemunhos abraçando a Graça de Deus e faz o seu mergulho profundo para que a claridade recebida de Cristo, mostre um novo Paulo, foi preciso aprender sobre o que é estar no Discipulado de Jesus Cristo, então Barnabé apresenta Paulo aos Apóstolos e foi aí que conhece Pedro, ficou na sua companhia por alguns dias, aprendendo a Doutrina Apostólica, recebendo o direcionamento de Pedro, ingressando no Apostolado, fazendo sua vivência com os Apóstolos. 


O homem velho Saulo fica para trás na estrada de Damasco e a Graça de Deus é abundante na nova criatura Paulo

O homem velho que estava no Jovem Paulo de Tarso, um cidadão romano, judeu de tradição, descendente da tribo de Benjamim, uma boa situação financeira, culto, sábio, aplicado aluno na escola do rabino Gamaliel desde ainda criança, uma escola onde todo judeu tinha o sonho de estudar e ser formado para se tornar um grande rabino, com tudo isso e muito mais em volta da vida de Paulo, tinha tudo para continuar na cegueira espiritual, mas o encontro com Jesus mudou radicalmente a vida de Paulo, literalmente podemos afirmar que caiu do cavalo e ao levantar-se, nasce o homem novo Paulo, como nova criatura, não demorou muito para aprender que tudo isso que ele tinha como homem velho, não valia absolutamente nada diante do conhecimento de Jesus Cristo, da graça maior que é o encontro com Jesus Cristo. Em Filipenses 3,8 vai dizer:

(Fl 3,8) E mais ainda: considero tudo uma perda, diante do bem superior que é o conhecimento do meu Senhor Jesus Cristo. Por causa Dele perdi tudo, e considero tudo como lixo, a fim de ganhar Cristo
(lembrando que essa leitura é na Bíblia Pastoral, já na Bíblia Jerusalém onde Paulo chama de lixo é traduzida para esterco).       
 

Paulo Missionário Evangelizador

A conversão de Paulo não foi da noite para o dia, não foi oba oba, fogo de palha, logo após o seu batismo, com os direcionamentos de Pedro, se recolheu, voltando para a sua cidade natal em Tarso, ficou sozinho porque não foi nada fácil conviver com a rejeição da própria família de judeus, seus amigos também judeus, e também pelos próprios cristãos que ainda não acreditava totalmente na sua conversão. Paulo na sua humildade nesse tempo foi se fortalecendo na sua MOPD, assimilando todo o Evangelho no seu coração, ainda impactado com a Graça do grande encontro, foi se preparando para ser missionário, até que depois de alguns anos, o estudioso da Palavra de Deus Paulo, recebe o convite de Barnabé para o serviço de evangelizador, recebendo a missão de cuidar de novos convertidos na Antióquia. Como bem conhecemos, Paulo tinha uma vocação missionária muito forte, além de ser destemido e inquieto. Um verdadeiro exemplo de evangelizador a seguir. Querer crescer na evangelização, é olhar o exemplo como Paulo evangelizava.  

Observe a maneira pela qual ele evangeliza:

“Ainda que livre em relação a todos, fiz-me o servo de todos, a fim de ganhar o maior número possível. Para os judeus, fiz-me como judeu, a fim de ganhar os judeus. Para os que estão sujeitos à Lei, fiz-me como se estivesse sujeito à Lei — se bem que não esteja sujeito à Lei —, para ganhar aqueles que estão sujeitos à Lei. Para aqueles que vivem sem a Lei, fiz-me como se vivesse sem a Lei — ainda que não viva sem a lei de Deus, pois estou sob a lei de Cristo —, para ganhar aqueles que vivem sem a Lei. Para os fracos, fiz-me fraco, a fim de ganhar os fracos. Tornei-me tudo para todos, a fim de salvar alguns a todo custo. E isto tudo eu faço por causa do Evangelho, para dele me tornar participante” (1 Coríntios 9,19-23).
 
Nesse trecho, o que salta aos olhos é a capacidade de Paulo de se desdobrar e se reinventar. Ele agiu como um autêntico camaleão, não se importando em se adaptar ao jeito de ser daqueles que se propôs a salvar e ao meio onde viviam.

 Devemos aprender com Paulo e o seu senso de “missionariedade”. Ele soube tirar proveito das lições recebidas. Encontrou dificuldade com os Apóstolos e se declarou o menor deles, indigno de ser chamado como tal porque perseguira a Igreja de Deus 
(cf. 1 Coríntios 15,1- 10). Tinha consciência de sua miséria e nunca esqueceu que foi um perseguidor. A memória do erro permaneceu em Paulo, mas não o impediu de se tornar tudo para todos, a fim de salvar alguns a qualquer custo.

Fez grandes viagens missionárias e passou por muitas tribulações. Ele as relatou desta forma:

“São ministros de Cristo? Como insensato, digo: muito mais eu. Muito mais, pelas fadigas; muito mais, pelas prisões; infinitamente mais, pelos açoites. Muitas vezes, vi-me em perigo de morte. Dos judeus recebi cinco vezes os quarenta golpes menos um. Três vezes fui flagelado. Uma vez, apedrejado. Três vezes naufraguei. Passei um dia e uma noite em alto-mar. Fiz numerosas viagens. Sofri perigos nos rios, perigos por parte dos ladrões, perigos por parte dos meus irmãos de estirpe, perigos por parte dos gentios, perigos na cidade, perigos no deserto, perigos no mar, perigos por parte dos falsos irmãos! Mais ainda: fadigas e duros trabalhos, numerosas vigílias, fome e sede, múltiplos jejuns, frio e nudez! E isto sem contar o mais: a minha preocupação cotidiana, a solicitude que tenho por todas as igrejas!” (2 Coríntios 11,23-28).

Várias vezes Paulo foi preso e apelou para César (cf. Atos 25,11).
Nessas condições foi astuto, pois entendeu que também era preciso evangelizar juízes e governantes. Ele era eloquente e conseguia convencer os “bambambãs”. De fato, isso faz sentido, porque a sociedade é comandada por poucos, mas o seu poder é muito grande. Assim, evangelizar aqueles que ocupam os principais cargos é uma forma de agilizar as mudanças. Paulo fez isso; passou pelos maiores tribunais até chegar a Roma, onde passou a evangelizar os “maiorais”. Sabendo que seu fim se aproximava, ele escreveu:

“Combati o bom combate, terminei a minha carreira, guardei a fé. Desde já me está reservada a coroa da justiça, que o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia, e não somente a mim, mas a todos os que tiverem esperado com amor sua aparição” (2 Timóteo 4,7-8).

Pelo fato de pesar sobre os cristãos a acusação de terem incendiado Roma, a situação de Paulo complicou-se bastante em seu segundo cativeiro, e ele não pode contar com a ajuda de ninguém (cf. 2 Timóteo 4,16-17). 
Acabou sendo condenado e morto. Segundo a tradição, em 67 d.C., Paulo foi decapitado fora da cidade de Roma. Ainda segundo a tradição, sua cabeça “quicou” por três vezes no chão, e em cada um dos três pontos brotaram fontes. O local ficou conhecido como Tre Fontane (Três Fontes), e ali foi construída uma igreja chamada Chiesa dei Martírio di San Paolo alie Tre Fontane. A cerca de 2,5 quilômetros desse local, encontra-se a Basílica de São Paulo Fora dos Muros, onde estão seus restos mortais. 


Paulo Apostolo de Cristo, o Espirito Santo iluminou para enxergar e direcionar na estrada que leva Cristo.   

Paulo não conheceu Jesus, mas foi considerado o Seu maior Apóstolo. Dedicou-se integralmente a propagar o Evangelho de Cristo a todos os povos. A ele são atribuídas 13 epístolas do Novo Testamento. Trata-se de uma personalidade fascinante e inesgotável, que nos proporciona inúmeros aprendizados. Um deles, que faço questão de enfatizar aqui, é que o encontro com Jesus não cegou Paulo, mas o fez enxergar. A cegueira física ocorrida inicialmente foi o sintoma agudo de uma cegueira espiritual, que imediatamente foi curada quando ficou repleto do Espírito Santo. Refiro-me àquela cegueira que nos mantém prisioneiros de falsas convicções e alheios às verdades mais profundas. Ao ser curado da cegueira espiritual, Paulo passou a enxergar o mundo com olhos de discernimento, serenidade e força. Estes últimos atributos foram cruciais para que se mantivesse firme e equilibrado os momentos mais obscuros, como quando foi colocado diante dos juízes, arrastado pelo cabelo para fora da cidade, expulso do Areópago (tribunal grego que julgava os crimes contra o Estado), levado para o cárcere de Roma e, em seguida, decapitado.



Rezemos: 
Senhor Jesus, que a Tua luz divina, o brilho radiante que vem de TI possa nos envolver e iluminar a nossa vida, dos nossos irmãos, familiares, ambiente de trabalho, assim como foi na vida transformadora de todos aqueles que foram impactados com o encontro contigo. Rogamos em especial a São Paulo, grande Apostolo de Jesus,  olhando e observando o seu testemunho, sejamos impactados com Jesus vindo ao nosso encontro, se for preciso que a Sua claridade possa nos derrubar e ao levantar tenhamos uma mudança radical, decidindo a viver totalmente para Ti e possamos dá também o nosso testemunho de viver em Cristo, com grande ardor missionário, sendo fiel ao Evangelho de Cristo, levando a luz de Cristo ao mundo, onde existe ainda muitos Saulos que caminham por caminhos escuros e não é por maldade (Saulo não fazia por maldade), imaginam ser conhecedores da Verdade e até lutam em favor dessas falsas verdades a qual foram apresentadas, mais por caminhar em uma estrada sem a claridade da Luz de Cristo. Te pedimos Jesus, que as nossas mãos recebam as mesmas bençãos recebidas por Ananias para fazer a imposição das mãos  e aconteça no meio de nós, muitos Reavivamentos no Espírito Santo para todos aqueles os que encontram a a Tua luz, faça cair por terra as escamas dos olhos e que possamos receber a benção da cura física e espiritual. Amém.



DN Jair Pereira
Conselheiro da Assistência do Reavivamento e Desenvolvimento Integral
Fonte: Bíblia Sagrada - Edição Pastoral e Jerusalém 
Livro: Encontros: Pe. Reginaldo Mazotti